Tenho tentado encontrar uma maneira de descrever minha impressão sobre o filme “Borra de Café” desde que tive a oportunidade de participar de sua pré-estreia no dia 08/12.
O curta-metragem de Aluízio Guimarães, que já tive a oportunidade de divulgar aqui pelo “Mansões” (cf.: Pré-estréia do curta “Borra de Café” ; e Nova produção do cinema paraibano), mostra uma Paraíba “verde” e “bem nutrida”, como era a intenção anunciada pelo diretor em sua fala antes da exibição. Mas mostra, sobretudo, uma Paraíba feita de seres humanos e não dos “heróis da seca” – seres quase mitológicos para os que somos de outras regiões do Brasil – , humanos como eu e você. Todos os personagens foram construídos a partir dessa noção belíssima de humanidade que ama e se desespera, mas vive.
O resultado? Um filme delicado, que trata de maneira feliz e emocionante os conflitos e os privilégios de nossa condição. Um filme rico, denso, feito para quem não teme olhar o prosaico da vida cotidiana com olhos de poeta. Um filme honesto, sem subterfúgios pseudo-intelectuais e pseudo-artísiticos. Um filme “humano, demasiado humano”, para tomar emprestado o dito nietzscheano.
Um filme pra se rever!
De minha parte sou grato por ter sido convidado para a pré-estreia de uma obra desse quilate. E, aproveito para parabenizar toda a equipe pelo resultado de um trabalho feito com muito suor e inegável talento.
1 comentários:
Caro Augusto,
Só tenho a agradecer por suas doces palavras. Acredito no exercício artístico, vejo-o como uma necessidade contínua. Cada trabalho que consigo concretizar é resultado de um anterior e, acima de tudo, das vivências que tenho e tive com inúmeros outros artistas. Borra de Café é o resultado de uma ótima equipe e de muito amor pela arte de criar.
Parabéns pelo blog, serei um habituê.
Aluizio Guimarães
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