Diz-se que Heráclito assim teria respondido aos estrangeiros vindos na intenção de observá-lo. Ao chegarem, viram-no aquecendo-se junto ao fogo. Ali permaneceram, de pé, (impressionados sobretudo porque) ele os encorajou a entrar, pronunciando as seguintes palavras: 'Mesmo aqui, os deuses também estão presentes'. (Aristóteles. De part. anim. , A5 645a 17ff).

quinta-feira, agosto 31, 2006

Só por causa do Franklin

Meu amigo Franklin, aqui de Campina Grande, disse que gostou muito de meu "profile" do Orkut. Só por causa dele (e também por que sou aparecido mesmo), vou publicar aqui para que vocês leiam. Ok?
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"Dias desses estive pensando sobre como preciso rever meus pré-conceitos. O que inclui aqueles que tenho sobre mim mesmo. Isso se eu quiser estar mesmo na experiência com a Verdade.

Não há nada em mim que não possa ser questionado em seus fundamentos. E é exatamente isso que me extasia na vida! Ser sempre uma questão em aberto, um constante tornar-me. Os últimos tempos têm sido, pra mim, tempos de profunda revisão. Tempos de reencontros e redescobertas. A Filosofia ajuda... mas, num resolve definitivamente nada. E é por isso que sou viciado nela.

Não quero mesmo resoluções definitivas, por mais tentadoras que sejam. E o são... muito... Não quero o conforto dos dogmas, tenham a origem que tiverem. Quero seguir questionando, seguir...

Não quero a sorte de um amor tranquilo. Quero amores intensos, porque intenso é que é bom! Porque sendo assim, intenso como só os que estão vivos sabem ser, o amor transcende e se entrega ao Outro.

Não quero que meus amigos sejam MEUS. Desejo, do mais profundo de mim, que sejam de SI MESMOS. Donos de suas vidas e destinos. Mas, torço para que eu esteja presente nos rumos que eles decidirem dar para sua história.

Quero que os sonhos permaneçam sendo sonhos. Que nunca se tornem realidade, porque a realidade pode ser muito chata! Mas, que eu os possa ver em minha vida com seus contornos coloridos e surreais, com sua pungência e seus vôos alucinantes.

Não importa o que digam: sou um apaixonado pela condição humana!"

P.S.: Escrevi esse texto num momento de bastante introspecção. Ele é algo como um manifesto de mim mesmo! Perdoem-me o egocentrismo, mas é isso aí...

Abraços:
Bhaktisiddhanta Dasa
(Augusto Araujo)

Com força total...

Há tanto que gostaria de escrever que nem sei por onde começar. Eu desejei o retorno do Mansões por este motivo específico, quero me comunicar. Isso tem bastante a ver com o momento que vivo. Exatamente como da outra vez.

Os que me conheceram sabem. O antigo blog nasceu na época em que eu fazia mestrado. Era uma maneira de eu partilhar as angústias filosóficas que me assaltavam naqueles momentos. E eram muitas, como ainda são.

O que posso fazer se não tive ainda o "privilégio" de conhecer algo que possa me soar como definitivo? Minha natureza questionadora não pode se contentar com algum conjunto de enunciados aos quais deliberadamente se dê o nome de verdade. Não quero, nunca quis, que a verdade fosse algo que eu pudesse possuir. De fato, o que mais desejo é que ela me possua, tome-me em seus braços e abra meus olhos obscurecidos.

Tenho pensado mais do que nunca acerca deste tema. Por todo lado onde ando só tenho encontrado algumas meias verdades. Não porque a verdade possa ser partida, mas porque sempre que tentamos dizer algo sobre ela, ou definí-la, caímos nos diversos tipos de dogmatismos, dos quais tenho fugido com persistência. Com a mesma persistência fujo também daquela coisa: -"Cada um tem a SUA verdade".

Será que somente eu não quero ter certezas acerca das coisas? Tem mais alguém aí? Manifestem-se!

Abraço:
Bhaktisiddhanta Dasa.
(Augusto Araujo)

quarta-feira, agosto 30, 2006

As Mansões estão de volta!

Pois é... as Mansões estão de volta. Não sei ainda o que eu desejo com este novo Blog, mas sei que o desejei bastante. Como no anterior vamos aqui falar de Filosofia, mas não ao modo dos acadêmicos (ao menos não o tempo todo), preservando o estilo confidencial das Mansões anteriores quero falar diretamente a vocês meus velhos e novos amigos. Vou propositadamente deixar de lado o "filosofês" até o limite da necessidade. Quando for impossível evitar prometo explicar tudinho, tim tim por tim. Ok?

Bem, este é só o post do retorno. Tenho alguns textos antigos que gostaria de ir publicando, e algumas novas/antigas buscas que gostaria de ir compartilhando com vocês. Espero que possamos voltar à nossa antiga parceria: eu escrevendo daqui e vocês lendo e comentando (criticando também) daí. Esta será mais uma maneira de nos encontrarmos unidos, não é verdade?

Aos novos amigos que porventura entrarem em contato com este lugar de "diarréia mental", sejam bem-vindos! Sintam-se em casa. Afinal de contas as Mansões pertencem a seus leitores.

Um grande abraço:
Bhaktisiddhanta Dasa
(Augusto Araujo)