Diz-se que Heráclito assim teria respondido aos estrangeiros vindos na intenção de observá-lo. Ao chegarem, viram-no aquecendo-se junto ao fogo. Ali permaneceram, de pé, (impressionados sobretudo porque) ele os encorajou a entrar, pronunciando as seguintes palavras: 'Mesmo aqui, os deuses também estão presentes'. (Aristóteles. De part. anim. , A5 645a 17ff).

sexta-feira, outubro 22, 2010

Paraíba sediará o IV Fórum do livre pensar Espírita

 

 

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(Fonte: ClickPB)

12h13  Segunda-Feira, 18 de Outubro de 2010

 

 

O IV Fórum do Livre Pensar Espírita acontecerá em João Pessoa, de 12 a 14 de novembro de 2010, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Com o tema “A construção da identidade espírita: de Kardec aos dias atuais”.

A Associação de Estudos e Pesquisas Espíritas de João Pessoa (ASSEPE), com o apoio da CEPA Brasil, realiza três dias de eventos buscando não só debater assuntos relacionados ao espiritismo, mas unir o universo do Movimento Espírita com a Academia.

A ASSEPE vem desenvolvendo no nordeste, desde sua fundação, em 03/10/2004, ações que contemplem as razões básicas da sua existência, salientando constantemente seu perfil espírita, pluralista, progressista e livre pensador, esforçando-se para ser coerente e não incorrer nos mesmos equívocos das diversas instituições que se fecham no restrito âmbito de seus recintos em detrimento da sociabilidade dialética, sem o que, no nosso entendimento, inviabiliza a construção do conhecimento capaz de proporcionar uma sustentável evolução moral e intelectual.

Assim sendo, o IV Fórum do Livre Pensar Espírita é mais um componente nessa construção em que procuramos estabelecer três condicionantes fundamentais, mas não imprescindíveis:

1º. Contemplar a diversidade;
2º. Independência em relação à religião; e,
3º. Aproximação com a Academia.

São ainda passos acanhados pela consciência de todas as nossas limitações, mas seguros pela convicção de que o trabalho árduo dos pioneiros pode não gerar reconhecimento, mas deixa sobre os escombros dos obstáculos removidos as sementes dos paradigmas que se renovam.

Consideramos imprescindível, sim, a discussão sobre a identidade espírita, tema central do evento, ─ “A construção da identidade espírita: de Kardec aos dias atuais” ─ partindo-se da simplicidade de seus princípios básicos à complexidade do mundo moderno, buscando um viés possível para o Kardec da atualidade, na elaboração de um ideário dinâmico, despido das formas e fórmulas sacramentais que desfiguram seu caráter essencialmente progressista.

Sendo um evento organizado por instituição vinculada à Confederação Espírita Pan-Americana (CEPA) e à Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA (CEPABrasil), por elas apoiado, objetivam-se ratificar o perfil público e notório, sem prejuízo da plena independência dos participantes, em consonância com o caráter pluralista e livre pensador.

Não há, entretanto, a pretensão de estabelecer identidade rígida e sim avaliar os aspectos multifacetários calcados em princípios comuns que delineiam o perfil das sociedades futuras e respectivos cidadãos. 
Com tal perspectiva, consideramos de extrema importância a abordagem da palestra inicial ─ "Espiritismo: a questão da identidade espírita e a obra de Allan Kardec” ─, que fará um resgate do homem no seu contexto, as influências que recebeu e sua participação na elaboração do que ele designou como “Doutrina Espírita”. Este trabalho caberá ao Doutorando em Ciência da Religião pela Universidade de Juiz de Fora, MG, Augusto César Dias de Araújo, que dará o toque de isenção ao evento porque não é espírita e nem religioso, mas que desenvolve uma pesquisa primorosa sobre a obra de Kardec.

Havendo crescente interesse de estudiosos e pesquisadores de áreas diversas, optamos pelo ambiente universitário, no Auditório do Centro de Educação da UFPB, facilitando o acesso aos integrantes do Corpo Docente e Discente dos diversos cursos daquela instituição a qual creditamos a salutar receptividade à interação com a sociedade.

As inscrições podem ser feitas através do endereço: http://www.livrepensarespirita.com.br , com valor de investido de R$ 20 (inteira) ou R$ 10 (meia) e vagas limitadas.

domingo, outubro 17, 2010

Em carta aberta a Dilma e Serra, Marina destaca riscos do atraso político

 

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Ao final da Plenária Nacional do PV, a senadora Marina Silva, ex-candidata do partido à Presidência da República, leu carta aberta destinada aos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) para apresentar seus argumentos em defesa de um posicionamento independente no segundo turno da eleição presidencial.

“Quero afirmar que o fato de não ter optado por um alinhamento neste momento não significa neutralidade em relação aos rumos da campanha. Creio mesmo que uma posição de independência, reafirmando ideias e propostas, é a melhor forma de contribuir com o povo brasileiro”, afirmou Marina.

No documento, a senadora chamou a atenção para a história republicana do Brasil: “Vemos que ela é marcada pelo signo da dualidade, expressa sempre pela redução da disputa política ao confronto de duas forças determinadas a tornar hegemônico e excludente o poder de Estado. Republicanos X monarquistas, UDN X PSD, MDB X Arena e, agora, PT X PSDB”.

“Há que se perguntar por que PT e PSDB estão nessa lista. É uma ironia da História: dois partidos nascidos para afirmar a diversidade da sociedade brasileira, para quebrar a dualidade existente à época de suas formações, se deixaram capturar pela lógica do embate entre si até as últimas conseqüências”, afirmou a ex-presidenciável.

Marina relembrou que ambas as legendas, ao rejeitarem o modelo de federação de oposições ao regime militar que era o MDB, “enriqueceram o universo político brasileiro criando alternativas democráticas fortes e referendadas por belas histórias pessoais e coletivas de lutas políticas e de ética pública”.

“Agora, o mergulho desses partidos (PT e PSDB) no pragmatismo da antiga lógica empobrece o horizonte da inadiável mudança política que o país reclama. A agressividade de seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma cultura política de paz e o debate de projetos capazes de reconhecer e absorver com naturalidade as diferentes visões, conquistas e contribuições dos diferentes segmentos da sociedade, em nome do bem-comum”.

A senadora fez questão de ressaltar o conservadorismo de legendas que surgiram com objetivo transformador. “Paradoxalmente, PT e PSDB, duas forças que nasceram inovadoras e ainda guardam a marca de origem na qualidade de seus quadros, são hoje os fiadores desse conservadorismo renitente que coloniza a política e sacrifica qualquer utopia em nome do pragmatismo sem limites.”

Ao analisar o resultado do primeiro turno da eleição presidencial, Marina diz que as urnas trouxeram “uma reação clara a esse estado de coisas, um sinal de seu esgotamento. A votação expressiva no projeto representado por minha candidatura e de Guilherme Leal sinaliza, sem dúvida, o desejo de um fazer político diferente”.

“Se soubermos aproveitá-la com humildade e sabedoria, a realização do segundo turno, tendo havido um terceiro concorrente com quase 20 milhões de votos, pode contribuir decisivamente para quebrar a dualidade histórica que tanto tem limitado os avanços políticos em nosso país”, disse.

Sobre a oportunidade criada pelo segundo turno, a senadora diz a Dilma e Serra que lhes foi dada a chance de “liderar o verdadeiro nascimento republicano do Brasil”.

A respeito do apoio dos eleitores evangélicos, Marina afirmou que não usou sua vinculação à fé cristã evangélica como “arma eleitoral”.

Os exemplos de cristãos como Martin Luther King e Nelson Mandela e do hindu Mahatma Gandhi mostram que é possível fazer política universal com base em valores religiosos, lembrou. “São inspiração para o mundo.”

Por fim, Marina apela a Dilma e Serra que “reconheçam o dano que a política atrasada impõe ao país e o risco que traz de retrocessos ainda maiores. Principalmente para os avanços econômicos e sociais, que a sociedade brasileira, com justa razão, aprendeu a valorizar e preservar”.

Leia a íntegra da Carta Aberta aos Candidatos à Presidência da República.

(Fonte: Minha Marina)

quarta-feira, outubro 13, 2010

IV Fórum do Livre Pensar Espírita

 

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IV Fórum do Livre Pensar Espírita

“A construção da identidade espírita: de Kardec aos dias atuais”

12 a 14 de novembro de 2010

Programação

12 de novembro de 2010 - sexta-feira:

19h30min – Abertura: presidente da Assepe e presidente da CEPABrasil.

19h40min – Apresentação artística

20h00min ─ Conferência de Augusto César Dias de Araújo: "Espiritismo: a questão da identidade espírita e a obra de Allan Kardec”.

13 e novembro de 2010 – sábado

09 às 12h - PAINEL 1: “O que é o Espiritismo?” - Coordenador: André Luiz Bezerra

09 às 09h30min - Enfoque do 1o Painelista: CIENTÍFICO: Há Método? - Breno Henrique de Souza, de João Pessoa – PB

09h30min às 10h - Enfoque do 2o Painelista: FILOSÓFICO: O que há de novo? - Homero Ward da Rosa, de Pelotas – RS

10h às 10h30min - Enfoque do 3o Painelista: ÉTICO E MORAL: Haverá renovação social? - Dr. Severino Celestino da Silva, de João Pessoa – PB.

10h40min às 12h - Debates

14 às 17h - PAINEL 2: “Espiritismo em Movimento” - Coordenador: Néventon Vargas

14h às 14h30min - Enfoque do 1o Painelista: HISTÓRICO: Configurações assumidas no tempo e no espaço - Rui Paulo Nazário, de Porto Alegre – RS.

14h30min às 15h - Enfoque do 2o Painelista: INSTITUCIONAL: Objetivos, Formação e evolução - Milton Rubens Medran Moreira, de Porto Alegre – RS.

15h às 15h30min - Enfoque do 3o Painelista: FUTURO: Perspectivas organizacionais alteritárias - Raquel Maia, de João Pessoa – PB.

15h40min às 17h – Debates

17h às 17h30min - Apresentação de livro por Matheus Laureano, seguida de sessão de autógrafos de Carlos Guimarães, do livro “Estados Diferenciados de Consciência e Mediunidade”.

14 de novembro de 2010 – domingo:

09h às 12h - PAINEL 3: Ideias sociais espíritas - Coordenador: Carlos Guimarães

09h às 09h30min - Enfoque do 1o Painelista: “Comunicação social e as novas mídias” - Marcelo Henrique Pereira, de São José – SC.

09h30min às 10h - Enfoque do 2o Painelista: “Espiritismo, Política e Cidadania” - Mirgon Kayser Júnior, de Porto Alegre – RS.

10h às 10h30min: Enfoque do 3o Painelista: “Espiritismo, Direitos Humanos e Alteridade” - Júlio César Farias, de João Pessoa – PB.

10h40min às 11h40min - Debates

11h40min às 13h - Conclusões e encerramento - Coordenadora: Alcione Moreno.

Debatedores: Augusto César Dias de Araújo e Gustavo Leopoldo Rodrigues Daré.

Relatores: Milton Medran, Homero Ward da Rosa e Andréia Vargas

 

Local: Auditório do Centro de Educação da UFPB – João Pessoa - PB

Inscrições: http://www.livrepensarespirita.com.br/

VAGAS LIMITADAS

IV Colóquio de História da UNICAP

 

 

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Apresentação

O Curso de Licenciatura Plena em História da Universidade Católica de Pernambuco, criado como Bacharelado em 1943 e autorizado como Licenciatura pelo Decreto nº 25.129, de 25.06.1948, iniciou, em 2007, uma nova etapa de sua proposta educacional, que sempre primou por uma formação plural de seus graduandos, com a realização, anualmente, de um colóquio que tenha por prioridade trabalhar a ciência histórica a partir do aspecto interdisciplinar. Assim, desde o primeiro ano de realização, as equipes de coordenação dos colóquios buscaram o amadurecimento da idéia junto à comunidade acadêmica, realizando os eventos com a participação de alunos e professores não só do Curso de História como de outros cursos da instituição.

O primeiro colóquio, que teve por tema “190 anos da Revolução de 1817”, e o segundo, com o tema “Quarenta anos depois, 1968 ainda não acabou?”, foram realizados em parceria com o Curso de Letras da Universidade, buscando trabalhar o vínculo que une literatura e história. Desde o início abertos à participação de estudantes de outras Instituições de Ensino Superior, os colóquios firmaram-se dentro do calendário acadêmico do Centro de Teologia e Ciências Humanas, atraindo a participação de alunos dos outros cursos do Centro - Filosofia, Teologia e Pedagogia.

Com a temática “Brasil 120 anos de República”, o III Colóquio, realizado em outubro de 2009, alcançou o nível de evento estadual, no campo do ensino da História.

Na expectativa de crescimento do evento, o IV Colóquio, com o tema “Abordagens interdisciplinares sobre História da Sexualidade”, busca abrir espaço dentro da programação nacional de estudos em História, oferecendo uma programação rica e diversificada, com palestras, minicursos e espaço para apresentações de comunicações científicas. Para isso, contará com a participação não só de professores das universidades de Pernambuco, como de professores de outros estados da Federação, promovendo assim a troca de conhecimentos, entre mestres e alunos, tão importante na formação acadêmica e social do profissional que se dedica aos estudos das chamadas ciências humanas e sociais no país.

Prof. Dr. Luiz Carlos Luz Marques e equipe

 

Para maiores informações clique na imagem acima ou aqui.

sábado, outubro 09, 2010

Marina Silva apresenta agenda por um Brasil justo e Sustentável aos candidatos ao 2º turno

 

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A senadora Marina Silva e o partido Verde apresentaram hoje as propostas que serão entregues aos candidatos ao segundo turno da campanha presidencial a fim de buscar compromissos programáticos para um Brasil Justo e Sustentável, bem como a construção da governabilidade com base em princípios e valores éticos.

As propostas foram elaboradas a partir das Diretrizes para o Programa de Governo da Candidatura de Marina Silva à Presidência da República “Juntos pelo Brasil que Queremos”.

A Agenda por um Brasil Justo e Sustentável contém dez compromissos: transparência e ética; Reforma Eleitoral; educação para a sociedade do conhecimento; segurança pública; mudanças climáticas, energia e infraestrutura; seguridade social (saúde, assistência social e previdência); proteção dos biomas brasileiros; gasto público de custeio e Reforma Tributária; política externa; e fortalecimento da diversidade socioambiental e cultural.

A Agenda por um Brasil Justo e Sustentável pode ser baixada neste link: Agenda por um Brasil Justo e Sustentável (1)

(Fonte: Minha Marina)

sexta-feira, outubro 08, 2010

III Congresso Brasileiro de Umbanda do século XXI

Encontro Acadêmico e Iniciação Científica

cartaz do congresso

 

As Religiões Afro-brasileiras

aproximando saberes.

13 e 14 de Novembro de 2010

FTU – São Paulo

 

Dando continuidade aos congressos realizados pela Faculdade de Teologia Umbandista, apresentamos a terceira edição deste Evento. Nosso encontro vem se notabilizando como um momento importante de discussão e atualização de temas pertinentes, reunindo pesquisadores, docentes e discentes interessados na divulgação de seu trabalho e na participação no diálogo científico que o Evento possibilita. A temática deste Encontro abre-se à discussão da diversidade de enfoques teóricos e de experiências empíricas, que, temos a certeza, muito vai contribuir para a nossa vivência acadêmica e prática religiosa. Isso se faz considerando que a Umbanda é resultado de uma síntese transformadora, que busca integrar diferentes abordagens e vivências para compreensão da sacralidade do homem.

Maiores informações clique na imagem acima ou visite o site da FTU - Faculdade de Teologia Umbandista.

Repúdio à tentativa de manipulação religiosa das eleições presidenciais no Brasil

 

Recebi a mensagem abaixo do CEBI (Centro de Estudos Bíblicos), entidade cristã multiconfessional que trabalha com o método popular de leitura dos textos bíblicos, acompanhada de um pedido de divulgação. Como, apesar de não ser vinculado a qualquer Igreja ou Religião ou mesmo Partido Político, concordo com o teor do texto, publico-o abaixo, na íntegra.

 

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Nota da Direção Nacional do CEBI em relação ao 2º Turno das Eleições

“Não é bom para a democracia que alguns decidam pelos outros (...) Mas é pior ainda para a religião, seja qual for, pressionar os seus adeptos para que votem em determinados candidatos, ou proibir que votem em determinados outros em nome de convicções religiosas. A religião que não é capaz de incentivar a liberdade de consciência dos seus seguidores, que se retire de campo. Seja quem for, bispo, padre, pastor, ninguém se arrogue o direito de decidir pela consciência do outro."  (Dom Demétrio Valentin)

"A Aliança de Batistas do Brasil vem a público levantar o seu protesto contra o processo apelatório e discriminador que nos últimos dias tem associado o Partido dos Trabalhadores às forças da iniquidade.  Lamentamos a participação de líderes e igrejas cristãs nesses discursos e atitudes, que lembram muito a preparação das fogueiras da inquisição". (Pronunciamento da Aliança de Batistas do Brasil)

 

Chamando a atenção para as palavras das lideranças religiosas acima citadas, a Direção Nacional do CEBI vem a público denunciar as práticas de setores de algumas igrejas que buscam forçar seus fiéis a não votar em certa candidatura por meio de informações manipuladas ou falsas, acerca de temáticas de cunho ético, como, aborto, união civil de pessoas do mesmo sexo ou outras.

Denunciamos que esse tipo de manipulação religiosa, do ponto de vista legal é crime de preconceito e de incitação à intolerância; e do ponto de vista religioso, é atitude contrária ao Evangelho de Jesus Cristo.

Reforçamos que a liberdade de consciência é direito inalienável da pessoa humana e que não é papel das instituições religiosas estimular a intolerância religiosa. Certas apelações e alguns temas que tentam implantar medo e terrorismo no imaginário do povo, já foram tentados nas eleições de 1989, resultando, naquela ocasião, na derrota das forças progressistas.

Reconhecemos que as duas candidaturas que disputam o 2º turno têm posturas próximas do ponto de vista econômico, ambiental, ético, moral e religioso. Entretanto, entendemos que a candidata do PT ainda significa a possibilidade de maior investimento no campo social e de menor perseguição às lutas populares.

É imprescindível que cada cidadão e cidadã decida seu voto com base em avanços ou retrocessos na qualidade de vida do nosso povo. Sugerimos que a sociedade livremente avalie as melhorias que as populações empobrecidas tiveram nos últimos oito anos e apoie sua continuidade. E que se organize ainda mais para a cobrança do que é direito do povo e dever do Estado.

Leia abaixo outras notas e artigos de lideranças religiosas sobre o processo eleitoral!


Notícias

Líder das Assembleias de Deus desmente boatos sobre Dilma
Leia mais

Nome da CNBB está sendo usado para enganar fiéis, afirma nota
Muitos grupos, em nome da fé cristã, têm criado dificuldades para o voto livre e consciente, usando o nome da CNBB, induzindo erroneamente os fiéis a acreditarem que ela tivesse imposto veto a candidatos nestas eleições.
Leia mais

Eleições: a credibilidade da CNBB posta em xeque - Dom Demétrio Vanlentini
"A credibilidade da CNBB está sendo colocada em xeque, existe uma falácia que precisar ser desmontada: o nome da CNBB foi invocado com posições que não são dela para criticar Dilma Rousseff"
Leia mais

Aliança de Batistas do Brasil faz pronunciamento sobre Eleições 2010
Leia mais


Cidadania

Carta aberta a Dom Demétrio - José Comblin
Se os bispos não protestarem contra a manipulação que se fez do seu documento, serão cúmplices da manipulação e aos olhos do público serão vistos como cabos eleitorais.
Leia mais


Equipe CEBI
CEBI - Centro de Estudos Bíblicos
Visite nosso site: www.cebi.org.br

terça-feira, outubro 05, 2010

Processo Seletivo para os Cursos de Mestrado e Doutorado em Ciência da Religião na UFJF

 

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Já estão disponíveis os Editais para o Processo Seletivo para os Cursos de Mestrado e Doutorado em Ciência da Religião, turmas 2011, do Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião (PPCIR) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Estão previstas até 27 vagas para o Mestrado e 11 para o Doutorado. As inscrições se iniciam em 13 de Outubro próximo e se estendem até o dia 12 de Novembro. O processo tem início logo após o término das inscrições com a análise dos pré-projetos de dissertação (Mestrado) e dos projetos de tese (Doutorado). Esta etapa se estenderá até 26 de Novembro, quando serão divulgados os resultados no site do PPCIR. Os exames escritos e as entrevistas estão previstos para o período de 07 a 09 de Dezembro para ambos os cursos. E a divulgação dos resultados para o dia 10 do mesmo mês.

As inscrições poderão ser feitas presencialmente na Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião – ICH- Horário: de segunda a sexta das 14h às 18h -Telefone: {32} 2102-3116. Ou via SEDEX, desde que a data do carimbo da postagem obedeça o prazo de 12/11/2010. O endereço para postagem é:

Universidade Federal de Juiz de Fora -Instituto de Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião
Campus Universitário -36.036-900 -Juiz de Fora/MG

O PPCIR atua com os cursos de Doutorado e Mestrado em Ciência da Religião e dá suporte ao curso de Especialização em Ciência da Religião. Mantém o conceito 5 na avaliação da CAPES desde o ano de 2001.

sábado, outubro 02, 2010

Marina rasga o verbo sobre relação com LGBT

Às vésperas da eleição, Marina Silva fala sobre parada gay, união civil e muito mais, leia aqui

 

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Marina Silva: evangélica e simpatizante

Quando anunciou sua candidatura à presidenta, Marina Silva (PV) causou certo receio na comunidade gay brasileira, preocupada com um possível posicionamento a favor de religiosos extremistas e contra os direitos LGBT. Mas ao longo do tempo, conforme ia construindo seu discurso de campanha, ela foi se mostrando, mesmo que às vezes timidamente, a favor de pontos importantes para a população colorida e causando, desta vez, surpresa.

Depois de um episódio polêmico sobre segurar ou não a bandeira do movimento LGBT, as atenções da comunidade gay se voltaram ainda mais para Marina, e principalmente para suas declarações no que diz respeito a pontos como a adoção de crianças e a união civil. Em seu programa de governo, os LGBT aparecem contemplados com outras minorias como negros e mulheres, o que, segundo a própria Marina, não vai relegar a luta da diversidade sexual para segundo plano.

Em uma entrevista que vai direto aos pontos que te interessam, Junior questionou Marina sobre tudo o que você quer saber de uma candidata. A seguir, ela solta o verbo sem medo e garante que, se eleita, vai apoiar as uniões e adoções conforme o caso e as Paradas Gays e acha que um presidente não deve se meter em assuntos médicos como a cirurgia de readequação sexual.

A senhora já se posicionou a favor do reconhecimento de direitos por meio da união civil entre pessoas do mesmo sexo, mas porque não é a favor do casamento entre casais assim?

Por objeção de consciência. Mas, como tenho dito, minha posição contrária ao casamento não quer dizer que não seja favorável à garantia de uma série de direitos, que hoje são negados às pessoas do mesmo sexo que vivem um relacionamento estável. Sou favorável ao direito à herança, ao plano de saúde conjunto, ao acompanhamento em caso de deslocamento para outra cidade para cumprir função pública, ao acompanhamento em caso de internação, entre outros. Como presidente, trabalharei para que todas as pessoas tenham acesso a políticas públicas que assegurem condições de vida dignas, independente de credo, raça ou condição sexual.

 
Se for uma opinião pessoal, como não deixá-la interferir em uma possível futura administração do País?
Tenho a clareza de que o Estado laico, estabelecido pela Constituição Federal, deve sempre orientar as ações do Presidente da República de forma a garantir a justa mediação entre os diferentes interesses expressos pelos vários segmentos da sociedade e certificar que todos tenham garantido o respeito a seus direitos. O que é válido tanto para os direitos civis quanto para os direitos religiosos.

Qual sua opinião sobre a adoção por casais de mesmo sexo?
A prioridade em um processo de adoção é a criança. Em toda adoção, seja por casais homossexuais ou heterossexuais, é necessária uma profunda avaliação feita por especialistas a partir de uma série de critérios técnicos. Uma vez aprovado o processo de adoção pelas autoridades competentes, meu posicionamento é favorável ao que for considerado ser o melhor para a criança, que precisa de amor e acolhimento para sair da condição de desamparo a que está submetida.

A permissão dessa adoção está em seus planos? Por quê?
Já temos em nosso país a base institucional e a jurisprudência que dão suporte para avaliar tecnicamente cada caso de adoção, que envolve aspectos que consideram prioritariamente o bem-estar físico, emocional e psicológico da criança. O que precisamos fazer é zelar para que cada processo de adoção seja criterioso e seguro para todos os lados, tanto para a criança quanto para as pessoas que se dispõem ao amoroso gesto da adoção.

Se eleita, a senhora reconheceria a união civil entre pessoas do mesmo sexo, principalmente no tocante aos direitos civis?
Em minha opinião, o Estado deve reconhecer e respeitar os direitos de todas as pessoas e não agir diferente em relação aos diretos civis das pessoas do mesmo sexo que têm união estável. Eles devem ser respeitados, como já me referi anteriormente, no que concerne ao direito à herança, ao plano de saúde conjunto, ao acompanhamento em caso de doença, entre outros. São direitos que lhes são negados e que, com justa razão, lhes causam um grande sentimento de injustiça.

Acredita que perderia eleitorado fazendo isso, ou qualquer outra ação em prol dos LGBT?
A questão é mais importante do que perder ou ganhar votos. Sempre tenho marcado minha vida pública pela defesa coerente daquilo em que acredito independentemente da perda ou não de votos.

Como presidente, qual é a melhor forma de equilibrar interesses tão díspares quanto os dos mais religiosos e os homossexuais? Existe uma prioridade? Qual é ela?
A prioridade será sempre a defesa da Justiça e do respeito a todas as pessoas. Para mediar os diversos interesses entre os grupos divergentes, o Estado tem que criar espaços de debate qualificado das diferentes posições para que haja uma forma de convivência respeitosa entre os diferentes grupos de interesse. Ademais não vejo a fé cristã como tendo que ser necessariamente antagônica aos legítimos direitos das pessoas e grupos. Afinal de contas, valores como justiça, liberdade, respeito e amor ao próximo constituem toda a base dos ensinamentos de Jesus, que nos mostra que nada deve ser feito por força ou violência.

Em seu plano de governo, os LGBT são contemplados juntamente com outras minorias no que diz respeito à luta contra a discriminação. Se eleita, a luta LGBT terá o mesmo espaço em seu governo do que a luta de negros, mulheres e portadores de deficiência?
Nas diretrizes do meu programa de governo explicitamos: “Queremos a valorização da diversidade e o respeito aos direitos das minorias”. O respeito aos direitos constituídos de todos os cidadãos, sem discriminá-los por qualquer razão, é um valor inegociável em um Estado democrático e faz parte de meu compromisso pessoal de vida na luta pela democracia.

Qual sua opinião sobre as Paradas Gays? Seu governo continuaria financiando tais eventos como faz o atual?
Não tenho conhecimento sobre o atual sistema de financiamento das Paradas Gays. Mas minha opinião é que as atividades que envolvem manifestação pública de ideias dos movimentos sociais devem ser autônomas e não devem depender do Estado. Até onde tenho conhecimento, legalmente o que o Estado pode autorizar para as manifestações é o uso de local público, cumprir sua obrigação de garantir segurança pública e assistência à saúde em caso de ocorrências médicas durante as manifestações. Acho importante que ocorra repasse de recursos públicos para iniciativas em parceria com instituições da sociedade, que prestem serviços de acordo com as normas legais, em suplementação às ações do Estado.

A senhora concorda com o financiamento público de cirurgias de readequação sexual como é feito no Brasil? Se eleita, irá mantê-lo?
Tal como no caso da adoção há uma prioridade aqui: o bem-estar e a saúde do ser humano. Se há um laudo médico dizendo que é fundamental fazer a cirurgia, não cabe a um presidente interferir nesse assunto.

O governo atual desenvolve várias iniciativas pró-LGBT como financiamento de cirurgias, Paradas e principalmente por meio do Programa Brasil Sem Homofobia, que culminou na criação da Coordenação Nacional LGBT no ano passado. São boas iniciativas? Devem ser mantidas? Serão ampliadas caso a senhora seja eleita?
Como disse anteriormente, as manifestações de ideias e visões de mundo dos movimentos sociais devem estar desatreladas do Estado. As instituições que se dedicam a cuidar dos interesses dos segmentos da sociedade, que estiverem fazendo seu trabalho em conformidade com os princípios da boa gestão pública, serão mantidos.

O PT é conhecido por ser inclusivo e a senhora fazia parte do partido. Teve alguma experiência com a população LGBT neste período? Como foi?
Desde o inicio de minha militância política, tenho me dedicado prioritariamente às lutas socioambientais. Infelizmente, no caso desta agenda, o PT não conseguiu ser suficientemente inclusivo. Ainda que, por minha atitude de apoio à defesa dos direitos humanos, tenha contribuído indiretamente, nunca tive uma experiência de participação política específica nessa agenda.


*A reportagem também entrou em contato com as assessorias dos candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), mas não obteve resposta.
*Entrevista cedida pela revista Junior e publicada na íntegra.

(Fonte: Mix Brasil)